O DECLÍNIO DO MARKETING DE INFLUENCIADORES: O QUE VEM DEPOIS?
- S8 Agência
- 15 de ago.
- 3 min de leitura
Durante anos, o marketing de influenciadores foi tratado como o “Santo Graal” das marcas. Bastava pagar uma celebridade digital, e o público seguiria como rebanho fiel.

Mas o feitiço virou contra o feiticeiro:
O público cansou de recomendações plásticas.
A confiança caiu.
E marcas começaram a perceber que fama não paga conta — nem garante conversão.
O marketing de influenciadores, como conhecemos, está em declínio. A questão não é se, mas o que vem depois.
1. O que foi (e ainda é) o marketing de influência
De acordo com a Mailchimp, marketing de influenciadores sempre foi a prática de usar personalidades digitais para amplificar mensagens de marca. A RD Station reforça: o modelo trouxe visibilidade, mas depende da confiança do público no influenciador, e confiança é um recurso em queda livre.
No auge, ele funcionou. Mas a saturação mudou o jogo.
2. A saturação e o desgaste
Segundo o Sebrae, o problema não é só custo. É percepção: quando todo influenciador faz publi, o público aprende a identificar — e a ignorar (Sebrae).
Excesso de publis iguais → perda de autenticidade.
Influencers com alcance, mas sem credibilidade → queda na conversão.
Marcas apostando apenas em fama → investimentos com ROI cada vez mais baixo.
A própria Exame já cravou: a fama digital não paga boleto — e toda uma geração descobriu isso na marra (Exame).
3. O que está acelerando esse declínio
Algoritmos instáveis: a Meta vem mudando regras, e segundo análises do Meio & Mensagem, isso fez o mercado de influência sangrar ainda mais (Meio & Mensagem).
Desconfiança crescente: consumidores priorizam autenticidade em vez de “fama alugada”.
Custo x retorno: relatórios apontam queda de engajamento em grandes perfis, enquanto microcriadores entregam mais impacto por menos.
UGC em alta: conteúdo criado por consumidores comuns gera mais credibilidade que campanhas caras.
4. O que vem depois?
O fim do marketing de influência não é o fim da influência. É só mudança de formato.
As tendências já apontam para o que substitui o modelo desgastado:
Comunidades de marca – em vez de terceirizar voz, as empresas constroem espaço próprio de pertencimento.
Criadores de nicho – menos audiência, mais profundidade. Credibilidade supera alcance.
UGC (User Generated Content) – depoimentos reais, resenhas e reviews espontâneos têm mais força que qualquer publi de celebridade.
Funcionários como influenciadores – a voz interna da empresa vira ponte de autenticidade.
Experiências ao invés de anúncios – marcas investindo em vivências que os próprios clientes espalham.
Um estudo citado pela Exame lista justamente isso: em 2025, o marketing caminha para modelos baseados em comunidade, dados e autenticidade radical.
5. O recado final para marcas
O marketing de influenciadores não morreu, mas perdeu a ingenuidade. O futuro não está em pagar por “fama”, mas em cultivar credibilidade e impacto real.
As marcas que entenderem isso cedo vão sair na frente. As que ainda correm atrás de likes de celebridades digitais… estão gastando em eco vazio.
O declínio do marketing de influenciadores não é crise, é ajuste natural. O público amadureceu. O mercado também precisa amadurecer.
O que vem depois não é menos influência. É influência mais humana, mais nichada, mais verdadeira.
Quem ainda mede relevância por número de seguidores está olhando para trás. Quem aposta em confiança e comunidade, já está jogando o jogo do futuro.
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